domingo, 3 de fevereiro de 2013

Infância Clandestina (2011)



A grama vai bem, obrigado

Este eu saí da sessão achando mais ou menos e fui dormir achando ruim mesmo. É uma das muitas produções argentinas da Mostra, mas nenhuma delas com o Ricardo Darín, que o brasileiro adora e é realmente muito bom.

Esse Infância Clandestina se passa no final da década de 70, anos pós-Perón e época importante da resistência revolucionária. O protagonista é Juan, agora chamado Ernesto, com nome, identidade e aniversário falsos, tentando viver às escondidas sob os cuidados dos pais e de um tio. Sua rotina é escola e casa.

Juan/Ernesto se apaixona pela irmã de um coleguinha. Ela dança, pratica ginástica com fita e é assim observada pelo olhar do menino em câmera lenta. O diretor Benjamín Ávila é chegado nessa novelinha, arrisca pouco, exceto quando insere sequências em quadrinhos, evidentemente usadas para encobrir a violência. Direção tiozona.

Achei o filme bobo, desinteressante e até brega. Aprendemos, vejam só, que chocolate com amendoim pode ser uma metáfora pra chegar em mulher, e Ávila dirige isso como se quisesse um abraço e não tivesse outros problemas com que se preocupar, como tentar não esbarrar em clichês de filmes sobre ditadura.

É quase um O Ano em Que Meus Pais Saíram de Férias (que acho bem legal) hermano. Só que desta vez a grama do vizinho não é a mais verde.

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