sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

O Fantasma do Paraíso e ir ao cinema



Uns pensamentos rápidos.


  • Estou devendo um segundo post sobre os meus recentes reencontros com De Palma. Tinha muita coisa apaixonada que eu queria ter colocado aqui logo depois de ter revisto este ou aquele filme (como Carrie e aquela fúria toda) e acabei deixando de lado. Mas hoje vi um De Palma que eu estava devendo: O Fantasma do Paraíso, uma delicinha de 1974. É um mix de Fausto, de Goethe, com O Fantasma da Ópera, só que como musical 60's/70's. Assim que acabou, o que eu mais queria era ver isso antes ou depois de The Rocky Horror Picture Show (o personagem Beef teria passe livre entre os dois filmes). Eu gosto do De Palma brincalhão (Dublê de Corpo), e aqui ele parece chegar em certos playgrounds antes que o Dario Argento, por exemplo. Tem lá seus pontos baixos (o show antes de Beef é chatinho), mas tem vários momentos que passam perto de fascinar como muitos De Palmas conseguiram. O Phantom é muito bom. Dá vontade de ter aquela fantasia.
  • Revi The Girl with the Dragon Tattoo, terceiro pedação de thriller-serial killer do Fincher, depois de Se7en e Zodíaco, e tenho cada vez mais preguiça de tentar, de novo, o original sueco de 2009. Fincher me faz ir ao cinema com vontade, pra duas ou três vezes. Aliás, assistir aos três praticamente um atrás do outro (e não importa a ordem) é uma coisa, viu? Impressionante o climão de filme de monstro dos três, e a sensação (e, depois, a certeza, uns in your face mais que estupendos) de estar sempre ali, na boca do monstro.
  • Desconfio que o Cinemark daqui de Goiânia desligue suas caixas de som laterais em dias de promoção. O sons dos filmes do Fincher são muito especiais, e com esse último não é diferente. Eu sei porque 1) é Fincher e 2) porque experimentei tudo dele na primeira vez que vi, numa sessão de meio-dia quase vazia, mas o som ali, no talo, certinho. Da segunda vez, numa sessão de 21h20, sala quase cheia (embora pequena; um crime o filme não estar na sala 1 do complexo), o som estava baixo, vindo apenas de trás da tela, deficiência acusada já durante aquela abertura top class. Pra vocês verem como são essas coisas de recepção, de ambiente para a nossa relação com o filme: se eu já não tivesse visto perfeitamente uma primeira vez, talvez a minha primeira impressão não tivesse me colocado tanto no filme, me feito gostar tanto (pra variar, uma sessão muito falante). Chato, isso. No que é responsabilidade da rede de cinema, dá pra cobrar oficialmente. Se Hugo Cabret estiver com som baixo, peço metade do dinheiro de volta.
  • O Renato Silveira, do Cinematório, já confirmou o que era certeza: o 3D (convertido, obviamente) do relançamento de A Ameaça Fantasma é porco. George Lucas quer relançar todos assim, né? Parabéns pro saco dele.

Pra fechar, sempre aquela sensação (nem boa nem ruim) de que eu escrevo nisso aqui mais pra mim do que para leitores e para o sucesso (rá!). Não que eu desdenhe as leituras (não mesmo!), mas é, sim, um jeito bom de refletir, principalmente quando é sobre a nossa relação - às vezes bem complexa - com o que escolhemos para nos acompanhar uma vida toda. E blog foi criado meio que pensando nisso, não? "Diário virtual"? Mas, no caso, tornar publicado me parece mais interessante, (muito) lido ou não.

p.s.: amiga minha viu a imagem do Phantom acima lá no meu Facebook e comentou que, por um momento, pensou ser Super Xuxa Contra o Baixo Astral. Pior que não tem como não concordar, acho.

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