quarta-feira, 14 de maio de 2014

Olho Nu no Cine Cultura



Deve dar muita gente pra ver Olho Nu, documentário sobre Ney Matogrosso, no Cine Cultura, e é bom que dê. Não gosto do filme, mas pra quem quiser passar pelo menos uma semana cantarolando nada mais que Ney (e Secos e Molhados, claro), disso ele é bem capaz.

Cantar Ney só pode ser bom, qualquer um de bom juízo diria. É uma quase verdade. A exceção é a sala de cinema, pois esses documentários a serviço de bandas e músicas envolventes costumam sofrer com a invasão daqueles espectadores que fazem questão de cantar juntinho, como se estivessem num show. Querem mostrar que sabem a letra, que aquele filme é só pra ele, o maior fã presente naquela sessão. Se não cantam, às vezes batem os pezinhos, acompanhando o ritmo. Ou uma garrafinha d'água entre as mãos.

Um ano atrás, numa sessão de Tropicália, de Marcelo Machado, no cine Lumière do Shopping Bougainville, tinha um desses. Sujeito barbudo, homem feito, batucava o plástico como se aquilo não pudesse incomodar outros ali presentes. Enfim, virou uma das minhas muitas histórias de confusão no cinema, de ter de chamar segurança e tudo o mais.

Pô, cantem Ney. Faz bem pro coração, eu sei. Mas na sala de cinema, cantem internamente. A poltrona vizinha agradece.

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